Doenças dos pés: saiba como prevenir e tratar as doenças mais comuns dos pés.
Os pés estão sujeitos a várias doenças porque estão sujeitos diariamente a um grande desgaste e pressão.
As doenças dos pés podem ser estruturais, podem estar relacionadas com alterações da pele ou podem ainda manifestar-se através de alterações das unhas.
A verdade é que os pés são essenciais à nossa postura e deslocação e por isso merecem a nossa maior atenção e cuidado. Mas a realidade é que os pés são muita vezes esquecidos por estarem a maior parte do tempo escondidos nos sapatos.
Os problemas estruturais podem ocorrer ao nível dos ossos, articulações, músculos, tendões ou ligamentos. As fraturas dos pés e tornozelos são problemas muito comuns.
Estes são alguns exemplos de alterações estruturais do pé que podem surgir:
- Joanetes
- Dedos do pé em garra ou em martelo
- Esporão do calcâneo
- Fasceíte plantar
- Dores generalizadas dos pés
Outros problemas nos pés são resultados de doenças que afetam muitas partes do corpo, como diabetes, gota ou outros tipos de artrite.
Ao nível de alterações de pele do pé podemos destacar as seguintes doenças dos pés:
- Calos e calosidades
- Micoses (sendo o pé de atleta a mais comum)
- Verrugas plantares
- Transpiração excessiva
- Feridas
- Fissuras (como resultado da pele muito seca)
É fundamental vigiar atentamente os pés, porque se as alterações forem detetadas cedo é mais fácil evitar complicações.
Relativamente às alterações das unhas, as mais frequentes são:
- Unhas encravadas
- Micoses
- Descoloração
- Espessamento
- Quebra
Para manter as unhas saudáveis é essencial tê-las nem muito curtas nem muito compridas e ter os cantos das unhas arredondados.
Os fungos nas unhas ( inocomicoses) são, muitas vezes um tipo de infeção que é ignorada durante anos pois, apesar da presença de um pequeno ponto branco ou amarelo (unha pode ficar descolorada, mais espessa, quebradiça e deformada) por baixo da unha, a infeção pode estar presente sem causar dores.
É em ambientes de maior humidade e com variações de temperatura, como balneários e piscinas, que os fungos encontram condições ideais para se desenvolverem. As onicomicoses podem surgir tanto nas unhas das mãos como nas dos pés. E é nestas últimas que surgem com maior frequência.
No entanto, uma vez identificado o primeiro sinal, é importante iniciar o tratamento o quanto antes! Geralmente, o tratamento passa pela utilização de produtos específicos. São várias as formulações existentes: cremes, pomadas, vernizes, pós e soluções antifúngicas podendo ser utilizadas em complemento a medicamentos de toma oral.
O objetivo é o crescimento de uma unha livre de infeção que, lentamente, vai substituindo a doente. Em todo o caso, devem ser evitados ambientes de risco e ser tomadas medidas preventivas de higiene – como manter as unhas curtas e limpas – sem as quais serão retardados os efeitos do tratamento ou poderão resultar no regresso da micose.
Em resumo os principais fatores de risco para a saúde dos pés são:
- O uso de calçado inadequado e desconfortável
- A repetição de posturas incorretas
- A falta de vigilância, higiene e hidratação adequada
- A existência de doenças crónicas como diabetes
Quais são então os nossos conselhos para cuidar da saúde dos pés?
- A escolha dos sapatos certos é um fator chave. Sempre que possível prefira usar sapatos abertos, para que os pés não criem humidade. Depois de um dia de utilização os sapatos devem ser sempre arejados pelo menos 24 horas. É também importante alternar os sapatos utilizados, para reduzir «pontos de pressão».
- Se sofre de transpiração excessiva dos pés deve utilizar todos os dias produtos antitranspirantes e antissépticos.
- Deve lavar os pés duas vezes por dia com água tépida e um gel de lavagem adequado. É fundamental secar muito bem os pés (sem esquecer os espaços entre os dedos). A altura ideal para usar creme hidratante é depois do banho, pois a pele está mais permeável à hidratação.
- É importante também escolher produtos específicos para a hidratação da pele dos pés, com ingredientes que consigam penetrar esta zona do corpo que tem a pele mais espessa. A ureia é um ingrediente com excelentes resultados na hidratação da pele, uma vez que tem um efeito esfoliante ajudando a diminuir a espessura da pele.
- A hidratação é fundamental também para prevenir a formação de fissuras. Quando a pele dos pés tem fissuras os fungos têm oportunidade para invadir a pele e desenvolver uma infeção crónica.
- É boa prática também utilizar chinelos quando frequenta espaços públicos como ginásios e piscinas.
- Estar atento aos seus pés é o primeiro passo para evitar estas doenças dos pés de que falámos!
Joanetes o que são?
O joanete é caracterizado pelo desvio do dedo grande do pé em direção ao segundo dedo do pé. A primeira cabeça metatarsal torna-se bastante pronunciada e é então chamado de “joanete”.
Esta deformação afeta cerca de 5 a 10% da população e pode ser muito incapacitante. Os joanetes são geralmente causados por uma combinação entre a nossa forma de caminhar, o pé que herdamos e o uso de calçado inadequado.
No início, a dor ocorre após uma caminhada: há uma inflamação simples por vezes associada a uma bursite (saco cheio de líquido), que pode infectar. A deformidade do pé continua a evoluir com episódios muito dolorosos intercalados com períodos sem dor.
A marca Epitact apresenta uma gama completa para retardar e corrigir a deformação associada aos joanetes.
Durante o dia, é recomendada a utilização da Órtese de Correção de Joanetes Flexível Diurna. Esta órtese, promove o alinhamento do dedo grande do pé e adapta-se a qualquer tipo de calçado. É a solução ideal para utilizar durante o dia (ao caminhar), corrigindo o desvio do hallux e limitando todos os fatores que possam agravar a deformação.
Também para uso diário, e como alternativa mais discreta e mais suave , recomenda-se a utilização do Corretor de Joanetes. O seu formato ergonómico, associado à maleabilidade do gel de silicone traduzem-se num conforto imediato e garantem um alinhamento suave do dedo grande do pé, reduzindo as pressões e fricções.
Durante a noite, recomenda-se a utilização da Órtese de Correção de Joanetes Noturna. Esta órtese apresenta um reforço termomóldável que garante a correção do eixo do hallux (dedo grande do pé), limitando a retração dos ligamentos .
Para aliviar a dor é essencial usar calçado adequado para evitar pressões excessivas e atrito excessivo sobre o joanete, não usando sapatos ponteagudos e finos.
Se a dor for ocasional a aplicação de um Penso Joanetes é uma hipótese que ajudará a reduzir a dor.
Se as dores são recorrentes ou permanentes, é preferível a utilização do protetor de Joanetes.
Os joanetes são frequentemente associados com a dor plantar (devido às calosidades que surgem no segundo e terceiro metatarsos), sendo as Almofadas Dupla Proteção o dispositivo seguinte mais adequado.
Para evitar que o hallux (dedo grande do pé) e o segundo dedo do pé não se sobreponham, os Protetores de Joanetes funcionam muito bem. Todos esses produtos oferecem um alívio inegável, mas não se destinam a corrigir o joanete.
Finalmente, se a dor for realmente insuportável e as deformações excessivas, a cirurgia deve ser considerada.
O que é um calo?
Um calo é uma área de pele espessa que aparece nas zonas de pressões e atritos.
É na verdade uma forma natural para o corpo proteger a pele, geralmente nos dedos do pé.
Dependendo do local onde se encontra localizado, o calo é denominado por:
- calo dorsal, situado no topo da articulação;
- calo pulpar, situado no topo do dedo do pé (dedos em martelo);
- ou calo interdigital, localizado entre dois dedos do pé que tendem a juntar-se ou até mesmo sobrepondo-se um no outro.
Para aliviar calos dolorosos, temos de reduzir as pressões e atritos exercidos sobre a pele.
Como evitar um calo?
Temos de interpor uma relação confortável entre o agressor (o sapato, um dedo do pé vizinho …) e a pele para reduzir a agressão.
Imediatamente o processo de queratinização será desativado, o equilíbrio entre a renovação celular e descamação encontrados.
Dado o ciclo de vida de um queratinócito, o efeito realmente será visível apenas cinco semanas após o início da aplicação. O
EPITHELIUM 26®, material desenvolvido por podologistas, atua como um distribuidor de pressão sobre o pé e tem uma vida útil que pode de forma sustentável proteger a pele contra calos e calosidades.
O que é uma verruga plantar?
São lesões benignas da pele cuja proliferação é induzida por um vírus chamado o Papilomavírus Humano (HPV).
Existem dois tipos de verrugas plantares:
- a verruga plantar profunda, dolorosa na pressão, isolada ou em número reduzido. Um anel de hiperqueratose rodeia-a, cobrindo parcialmente a região do núcleo cuja superfície é pontilhada com cravos
- a verruga plantar mosaico corresponde a várias verrugas, contíguas e superficiais que formam uma placa, mas não uma hiperqueratose dolorosa.
A transmissão de verrugas plantares é de humano para humano: o contágio é feito tanto por contato direto (pele a pele) como em contactos indiretos (por exemplo, o solo contaminado).
A exposição ao vírus não aciona automaticamente o aparecimento de verrugas, porque cada pessoa reage de acordo com a resistência do seu sistema imunológico. O período de incubação é, em geral, de 2 a 3 meses, mas às vezes o vírus ativa vários anos após o contato.
São vários os fatores que podem aumentar o risco de aparecimento de verrugas plantares:
- defeitos da pele devido ao trauma da pele: um arranhão, um pequeno corte facilita a entrada do vírus no organismo. Pessoas com pele enfraquecida estão mais expostos à intrusão do HPV;
- o calor e a humidade: o vírus é introduzido mais facilmente numa pele húmida, por exemplo, frequentando certos locais públicos (piscina, ginásio, chuveiros …) onde a contaminação é através do piso;
- deficiência do sistema imunológico: infeções por HPV são mais frequentes e mais agressivos em pacientes imunocomprometidos, transplantados de órgãos e especialmente os doentes infetados com HIV (AIDS).
Dedos martelo ou em garra?
Ambas as patologias são caracterizadas pela deformação dos dedos dos pés, que podem apresentar uma angulação/flexão bastante significativa.
Dedos em martelo são frequentemente associados às mulheres mais jovens; é por isso que o calçado é muitas vezes o culpado.
No entanto, não é apenas o calçado estreito e de salto alto que é a origem desta patologia, sendo que a hereditariedade também é um fator de risco.
As deformidades do pé em martelo ou garra, resultam de um desequilíbrio muscular e má distribuição das forças no pé.
Com efeito, com saltos altos o peso do corpo é transferido do calcanhar para o antepé.
A articulação metatarsofalângica, sujeita a forças excessivas, provoca a flexão forçada da articulação interfalângica.
Como resultado, os dedos dos pés sofrem deformação.
Muito frequentemente, a deformidade do pé em garra provoca um apoio significativo das pontas dos dedos dos pés no chão, bem como alta pressão do sapato sobre as articulações interfalangeanas.
No caso dos dedos em martelo, a articulação metatarsofalângica é hiperestendida e sobe para a parte superior do sapato, enquanto a primeira articulação interfalângica é fletida para dirigir a extremidade dos pés para baixo.
Essas distorções originam dor nas articulações, o aparecimento de calos no topo das articulações (calos dorsais) e nas pontas dos dedos (calos pulpares).
Calos ou olhos de perdiz também podem aparecer entre os dedos.
Para evitar o aparecimento de dedos do pé em martelo e em garra, recomenda-se não usar saltos mais altos do que quatro centímetros.
Mas se os dedos dos pés já mostram uma angulação significativa, é recomendado o uso de das almofadas sub-digitais.
Se aparecerem calos, então utilize o Digitube® se o calo se encontra em cima do dedo do pé (calo dorsal) ou a Dedeira se o calo de encontra na ponta do dedo do pé (calo pulpar).